Rasga Mortalha: Mito ou Realidade? A Verdade Por Trás da Coruja que Assusta e Encanta

Quem nunca se assustou quando viu de perto a “rasga mortalha” ou ouviu aquele barulho de “rasgação de ceda”, em? Pois é, a “rasga mortalha” é conhecida em diversas regiões do Brasil por carregar uma fama sombria, infelizmente.

O nome popularmente dado à coruja-da-igreja, da espécie Tyto furcata, está muito enraizado no folclore e nas crenças populares, especialmente no Nordeste, onde seu canto é associado a maus presságios, anunciando a morte de alguém daquela casa. Mas será que essa crença realmente é verdadeira?

Neste artigo, vamos explorar os hábitos, características e importância ecológica dessa ave fascinante, desmistificando o mito da rasga mortalha e revelando seu verdadeiro papel na natureza, tá certo?

Vamos lá!!

O que é a Rasga Mortalha?

A espécie da coruja conhecida como rasga mortalha pertence ao gênero Tyto, sendo a Tyto furcata a espécie mais conhecida e comum no Brasil. Esse pássaro se destaca pela plumagem clara, com tons que variam entre branco e bege, além do rosto em forma de coração — uma característica bastante marcante do grupo. Vale salientar que seus olhos grandes e escuros são adaptados à visão noturna, o que a torna uma exímia caçadora durante a noite.

Como esses animais são animais noturnos, eles só são vistos ou reconhecidos a noite. Um dos motivos mais fortes para associarem ao mito da rasga mortalha a esse pássaro, é justamente o estilo de hábito dessa criatura; durante o dia, o animal fica escondido no seu ninho, enquanto no período da noite ela aparece caçando com aquele grito estridente e grave que lembra a um tecido sendo rasgado.

Características

A Coruja da Igreja, também conhecida como rasga mortalha, possui algumas características que são muito interessantes; os seus hábitos são principalmente noturnos. Ela se alimenta de pequenos mamíferos, como ratos e camundongos, além de insetos e pequenos répteis. Justamente, por esse motivo que ela é uma grande aliada dos agricultores, já que ajuda no controle natural de pragas. Vale frisar que a coruja-da-igreja é silenciosa ao voar e possui um sistema auditivo extremamente sensível, o que lhe permite localizar presas mesmo na completa escuridão. Interessante , não é?

A Importância da Rasga Mortalha

Um dos pontos mais importantes a serem destacados é a contribuição ecológica da rasga mortalha. Ela exerce um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas ao controlar populações de pequenos vertebrados. Em áreas agrícolas e urbanas, sua presença reduz a necessidade do uso de pesticidas e outros métodos agressivos de controle de pragas.

Desmistificando o Mito

Mas de onde vem a fama negativa dessa ave? Essa pergunta é muito pertinente porque o som emitido pela rasga mortalha é diferente do canto das outras corujas. Esse pássaro costuma soltar um grito agudo e estridente que muitas vezes lembra o som de um tecido sendo rasgado. Esse som peculiar, aliado ao hábito da ave de sobrevoar silenciosamente à noite e pousar em telhados e torres de igrejas, contribui para a associação com os anúncios da morte. Cabe mencionar que em muitas culturas, aves noturnas sempre foram ligadas ao sobrenatural, e no caso da rasga mortalha, a lenda de que ela anuncia a morte de alguém próximo é um exemplo claro disso.

No entanto, é fundamental desmistificar essa crença. A coruja da igreja não tem qualquer relação com eventos trágicos ou espirituais. O seu canto é simplesmente um mecanismo de comunicação e territorialidade. A forma do grito dessa ave precisa ser explicada com base em mecanismos biológicos normais da Tyto furcata; ela não vocaliza como as outras aves fazendo um canto bem melódico, na verdade o seu grito é produzido pela vibração muito rápida das membranas de sua siringe (órgão vocal das aves). O som passa a ser amplificado justamente por causa do formato do disco facial, que é em forma de coração. Muitas vezes, aquele barulho parecendo um tecido sendo rasgado, é na verdade o atrito que é realizado pelas asas do animal.

Acreditar que essa ave traz mau agouro é resultado de um folclore que, apesar de culturalmente rico, precisa ser revisto à luz da ciência e da conservação ambiental, certo?

É essencial promover a conscientização sobre a importância dessa ave e combater as superstições que levam muitas pessoas a perseguirem ou até matarem a coruja-da-igreja. A educação ambiental é uma poderosa aliada na preservação da biodiversidade, e conhecer mais sobre a rasga mortalha é o primeiro passo para protegê-la.

Conclusão

Portanto, da próxima vez que ouvir o grito agudo no meio da noite, lembre-se: não é um presságio, mas o chamado de uma guardiã do equilíbrio ecológico. A rasga mortalha, longe de ser um símbolo de morte, é uma das peças mais fascinantes do nosso ecossistema. Se você gostou deste artigo, compartilhe com seus amigos e familiares; não deixe de me seguir lá no Instagram, pois stou sempre postando conteúdos como este lá e muito mais.

Tchau, Tchau!!

❓ FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Rasga Mortalha

1. A rasga mortalha realmente anuncia a morte?
Não. Essa é uma crença popular sem base científica. O canto agudo e diferente da Tyto furcata (coruja-da-igreja), apelidada de rasga mortalha, foi interpretado como mau presságio por gerações, mas trata-se apenas de um comportamento natural da ave.

2. Qual é a espécie da coruja conhecida como rasga mortalha?
A coruja chamada popularmente de rasga mortalha é a Tyto furcata, também conhecida como coruja-da-igreja. Ela pertence à família Tytonidae e é encontrada em diversas regiões do Brasil.

3. A rasga mortalha é perigosa para humanos?
Não. A rasga mortalha não representa qualquer ameaça para humanos. Ela é uma ave tímida, que evita o contato com pessoas e desempenha um papel importante no controle de pragas, como roedores.

4. Por que o som da rasga mortalha parece com algo sendo rasgado?
O canto da rasga mortalha é um som estridente, semelhante ao rasgar de um tecido, o que deu origem ao seu nome. Esse som é uma vocalização usada para se comunicar com outras corujas, marcar território ou alertar sobre intrusos.

Tags: ave noturna | coruja-da-igreja | corujas do Brasil | folclore brasileiro | importância ecológica | maus presságios | mitos populares | rasga mortalha | Tyto furcata